A fábrica da Vulcabras/Azaleia, localizada em Itapetinga, demitiu, nos últimos sete meses 3 mil funcionários da região Centro-Sul do estado, segundo cálculos da prefeitura de Itapetinga.
Agora, a empresa ameaça deixar a Bahia e migrar para Nova Délhi, capital da Índia, deixando quase 18 mil pessoas sem emprego. Além da matriz, em Itapetinga, a fábrica tem filiais em outros 13 municípios baianos. Entre eles, Itambé.
Em busca de mão de obra bem mais barata do que no Brasil e fugindo também dos altos impostos e da fiscalização do Ministério da Fazenda o remanejamento para a Índia já começa a ser preparado. Outro motivo apontado pela diretoria da fábrica é a competição dos produtos locais com os importados de países asiáticos, especialmente da China, é apontada como o principal motivo para a crise que afeta o setor calçadista.
Na Bahia, a indústria calçadista teve seu boom nos anos 90. Várias fábricas vieram para cá atraídas por incentivos fiscais e pelos salários mais baixos que os do Sul do país, mas hoje se encontram ameaçadas pela possível perda desses incentivos, com o recente entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerá-los inconstitucionais.
17 mil é o número de empregados da Vulcabras/Azaleia na Bahia, que têm situação incerta com a possível migração da indústria para Nova Délhi
3 mil trabalhadores já foram demitidos da fábrica da Vulcabras e filiais, segundo prefeitura de Itapetinga. A empresa diz que o número não chega a 2 mil
Em meados de junho, prefeitos, vereadores e lideranças políticas regionais preocupados com a possibilidade de a Vulcabras/Azaleia de Itapetinga fechar as portas, realizaram uma audiência pública na Câmara de Vereadores do município. Durante o encontro, os políticos discutiram alternativas para sensibilizar o empresariado e para abrigar os trabalhadores já demitidos.
O tema também tem tido destaque nas sessões das câmaras de vereadores dos municípios produtores na Bahia. Entre as cidades afetadas, que possuem filiais e empregados da fábrica, estão Maiquinique, Itarantim, Itororó, Caatiba, Macarani, Potiraguá, Firmino Alves, Nova Canaã, Ibicuí, Iguaí e Itambé.
Fonte: Correio da Bahia. Sexta-feira, 01.07.2011
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Rapaz, isso demorou. É uma filadaputice tudo isso. O que fazer, agora com essa mão-de-obra-barata-explorada?
ResponderExcluirPois é Saulito, é essa minha preocupação também. E o caso de Itambé é mais grave ainda porque além de ter uma unidade da fábrica na cidade, vários itambeenses saem de Itambé para trabalhar na matriz em Itapetinga...Ou seja, muita gente correndo o risco de ser jogada no desemprego. Vamos aguardar a evolução do caso.
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