terça-feira, 21 de setembro de 2010
Nara, com a palavra!
Mais uma entrevistada conta um pouco de sua relação com a cidade de Itambé. Com vocês, Nara, com a palavra:
"Nasci em Vitória da Conquista, mas me considero itambeense, por morar aqui desde criança. Amo essa cidade, gosto muito daqui. Tive uma infância muito alegre. Costuma-se dizer que os adultos bem resolvidos foram crianças felizes. Brinquei bastante, me diverti o máximo que pude. Vivi realmente minha infância. Entrei na adolescência no momento certo. Fiquei quatro anos e meio fora daqui, em Conquista, fazendo licenciatura em pedagogia, depois eu retornei para trabalhar aqui. Trabalho como professora e coordenadora pedagógica de escolas e de um projeto de educação para jovens e adultos. Sou Batista, uma parte que tem uma grande influência na formação do meu caráter já que sou Batista desde criança. Itambé é uma cidade pequena, não é uma cidade nova. De certa forma fica desfavorecida geograficamente por estar perto de Vitória da Conquista que é uma cidade maior, com comércio forte, com desenvolvimento bem maior. É uma cidade acolhedora, um povo às vezes sofrido, mas, que nunca desiste. A gente precisa melhorar sempre. Muita coisa dentro da gente precisa ser rompida. Eu sonho com uma cidade bem desenvolvida e sem desigualdade social. As pessoas têm que mudar a idéia de cultura que elas têm, às vezes é oferecido um espetáculo e as pessoas não comparecem, as pessoas têm que sair mais, se despertar. Sair da cultura do barzinho e aproveitar as outras coisas. Temos que evoluir".
Nara Oliveira (Professora, 29 anos)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Acredito que o Estado tem sua parcela de culpa nesta fato. A cultura de bar em cidades de interior ocorre em sua grande maioria pela falta de opção de atração nestas cidadezinhas. Creio que os espetáculos devam ser incentivados e patrocinados de verdade. A arte tem que vir até o povo, para isso precisa-se de dinheiro, artístas bem pagos e dispostos a redescobrir este país. Não sei se tem uma fórmula mágica para isso, mas torço para que um dia a arte (teatro, cinema, dança, artes plásticas, etc) sejam valorizadas no país em que nasci. Morro acreditando! Beijo grande!
ResponderExcluirSoraia minha querida, o que queremos é que a arte esteja presente em todos os lugares, que ela seja produzida em todos os lugares, com autonomia e liberdade...Mais tarde publicarei um artigo que saiu no jornal A Tarde que resume bem este processo. Beijos e obrigado por estimular o debate.
ResponderExcluir