O ano de 2011 está chegando ao fim e a população itambeense se prepara para o início de um novo ciclo. Em 2012 o país enfrentará as eleições municipais, momento em que o cidadão exerce o direito ao voto e com isso sua necessidade de mudança. A grande maioria dos habitantes de Itambé esta cansada do marasmo e da falta de perspectiva que a cidade se encontra e torce para que novas portas se abram para o município. É claro que para que essa mudança aconteça, o cidadão itambeense precisa se posicionar mais, questionar mais, participar mais ativamente dos acontecimentos sócio-político-culturais da cidade. Chega de deixar nas mãos dos políticos o destino da cidade.
Durante as festividades natalinas a cidade esteve movimentada. Várias atividades culturais foram oferecidas à população, mas sabemos que nos anos anteriores pouca coisa acontecia e sabemos também que a cidade merece uma programação mais elaborada e mais variada afim de agraciar todos os gostos. O que vimos foram apresentações de projetos sociais como “As pastorinhas” apresentado pelo grupo da terceira idade que se faz presente em todas as atividades culturais da cidade, “Auto de Natal” (texto do grupo mineiro Galpão) dirigido por Júnior Mokofaya com jovens do CRAS do bairro Felipe Achy, coral infantil, apresentação de grupos de dança, o grupo percussivo Afro Lata e apresentação da ONG Pedra Afiada com os alunos do curso de violão coordenado pelo artista educador Daniel Vilarinho.
Bonito de ver foram os presépios, tradição que alguns moradores mantêm até hoje com muita criatividade, como o belo presépio todo artesanal criado pelas mãos do artista Cris Melo Gusmão. Bonito também foi a apresentação da Orquestra Regional, sediada em Itapetinga, durante a comemoração dos 47 anos de vida sacerdotal do Padre Juracy Marden, na Igreja Matriz.
Andar pela cidade, conversar com os moradores, sentar à mesa e degustar as delícias que cada família prepara para celebrar essa data traz um sopro de esperança e o desejo de que os artistas itambeenses sejam estimulados a produzir, a criar. A arte em Itambé precisa ocupar os palcos, as ruas, praças e jardins. Foi importante ver o que os projetos sociais estão produzindo na cidade, mas senti falta de ver os artistas da terra mostrando o seu trabalho, mesmo porque precisamos pensar qual caminho esses jovens assistidos pelos projetos sociais irão trilhar. Esta é uma boa promessa para 2012: estimular os artistas da cidade a ocuparem o espaço que lhes pertence e a criar é claro.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Estamos em greve!!!
Os professores e servidores municipais da área educacional do Município de Itambé decretaram greve e desde o dia 23 de novembro estão paralisados as aulas e o funcionamento das Escolas. O movimento tem tomado as ruas da cidade para esclarecer à população suas reivindicações. O blog Pedra Afiada entrevistou, por email, a professora e coordenadora da APLB em Itambé, Alecciene Chaves Gusmão, que nos faz um balanço de como se encontram as negociações. É sempre bom lembrar que a cidade já se prepara para mais um ano de campanha política e os cidadãos itambeenses precisam se conscientizar que é preciso estimular a educação para que o indivíduo evolua juntamente com o lugar que ele habita. Acompanhem agora a entrevista.
1- Quais são as reivindicações da classe?
Os profissionais da Educação (professores, vigilantes, merendeiras, porteiros, auxiliares de serviços gerais, auxiliares de biblioteca, motoristas, lavadeiras) estão lutando por respeito e valorização profissional, além de educação de qualidade para todos os alunos. O Plano de Carreira, Cargos e Salários é nossa principal bandeira, uma vez que contempla todos os profissionais e não somente professores. O Plano foi elaborado em 2009, por uma comissão paritária formada pela então Secretaria de Educação e com representação dos diversos segmentos.
2- Como andam as negociações? A Secretaria de Educação deu algum indicativo, alguma proposta?
A Secretaria de Educação havia garantido em reunião do conselho municipal no inicio do semestre que o Plano seria enviado para a Câmara de Vereadores em setembro. Mas, nada ocorreu, pelo contrário, surgiu uma nova minuta de Plano dilacerando direitos e vantagens da categoria. Assim, deste desrespeito brotou a insatisfação que culminou na greve que estamos vivenciando.
3- Vocês já foram ouvidos pela prefeitura (Secretaria de Educação)?
Nós, só agora, depois de deflagrada a greve, conseguimos sentar para negociar com o prefeito municipal, que mais uma vez coloca que ainda não foi feito por parte da prefeitura o estudo do impacto financeiro na folha de pagamento. Estamos mais uma vez constituindo comissão de estudo e esperamos resolver ainda esta semana este impasse que não é bom para ninguém. Saliento que a APLB já realizou este estudo e que os percentuais postos no Plano como valorização da carreira estão dentro da realidade do município.
4- Qual a porcentagem de adesão? Tem alguma escola funcionando?
Estamos com mais de 70% de adesão, mas temos escolas funcionando de forma parcial. O que nos entristece é ver colegas se prestando ao papel de segurar várias turmas em colégios para encobrir a greve. A qualidade do ensino nestas horas cai por terra, pois exibir filme, por exemplo, para várias turmas, sem finalidade educacional é um desrespeito com o aluno e com a classe. E é o que vem acontecendo nas Escolas que estão “furando” a greve.
5- Os alunos estão participando, apoiando os professores?
Na verdade a maioria dos alunos aderiu ao movimento juntamente com os pais, além da comunidade em geral, a vice-prefeita e todos os vereadores estão nos apoiando nesta luta.
6- Quais os próximos passos do movimento? E como será resolvido o final do calendário de 2011?
Em assembléia a categoria decidiu que continua em greve até que o Plano seja aprovado na Câmara de Vereadores. Segundo o prefeito municipal, em reunião no ultimo dia 28, ele estará dando entrada com este plano na Câmara nesta quinta-feira. Estamos esperançosos de que desta vez tudo se resolva. E que finalmente possamos retornar às escolas para encerramento do ano letivo, sem prejudicar a vida dos alunos.
Alecciene Chaves Gusmão
Coordenadora Geral da Aplb/Sindicato
Delegacia Sindical do Rio Verruga
Itambé/Ba.
Colaboraram com essa matéria: Manoel Dias e Cíntia Gusmão.
Fotos: Rose Matos e Alecciene Chaves Gusmão.
1- Quais são as reivindicações da classe?
Os profissionais da Educação (professores, vigilantes, merendeiras, porteiros, auxiliares de serviços gerais, auxiliares de biblioteca, motoristas, lavadeiras) estão lutando por respeito e valorização profissional, além de educação de qualidade para todos os alunos. O Plano de Carreira, Cargos e Salários é nossa principal bandeira, uma vez que contempla todos os profissionais e não somente professores. O Plano foi elaborado em 2009, por uma comissão paritária formada pela então Secretaria de Educação e com representação dos diversos segmentos.
2- Como andam as negociações? A Secretaria de Educação deu algum indicativo, alguma proposta?
A Secretaria de Educação havia garantido em reunião do conselho municipal no inicio do semestre que o Plano seria enviado para a Câmara de Vereadores em setembro. Mas, nada ocorreu, pelo contrário, surgiu uma nova minuta de Plano dilacerando direitos e vantagens da categoria. Assim, deste desrespeito brotou a insatisfação que culminou na greve que estamos vivenciando.
3- Vocês já foram ouvidos pela prefeitura (Secretaria de Educação)?
Nós, só agora, depois de deflagrada a greve, conseguimos sentar para negociar com o prefeito municipal, que mais uma vez coloca que ainda não foi feito por parte da prefeitura o estudo do impacto financeiro na folha de pagamento. Estamos mais uma vez constituindo comissão de estudo e esperamos resolver ainda esta semana este impasse que não é bom para ninguém. Saliento que a APLB já realizou este estudo e que os percentuais postos no Plano como valorização da carreira estão dentro da realidade do município.
4- Qual a porcentagem de adesão? Tem alguma escola funcionando?
Estamos com mais de 70% de adesão, mas temos escolas funcionando de forma parcial. O que nos entristece é ver colegas se prestando ao papel de segurar várias turmas em colégios para encobrir a greve. A qualidade do ensino nestas horas cai por terra, pois exibir filme, por exemplo, para várias turmas, sem finalidade educacional é um desrespeito com o aluno e com a classe. E é o que vem acontecendo nas Escolas que estão “furando” a greve.
5- Os alunos estão participando, apoiando os professores?
Na verdade a maioria dos alunos aderiu ao movimento juntamente com os pais, além da comunidade em geral, a vice-prefeita e todos os vereadores estão nos apoiando nesta luta.
6- Quais os próximos passos do movimento? E como será resolvido o final do calendário de 2011?
Em assembléia a categoria decidiu que continua em greve até que o Plano seja aprovado na Câmara de Vereadores. Segundo o prefeito municipal, em reunião no ultimo dia 28, ele estará dando entrada com este plano na Câmara nesta quinta-feira. Estamos esperançosos de que desta vez tudo se resolva. E que finalmente possamos retornar às escolas para encerramento do ano letivo, sem prejudicar a vida dos alunos.
Alecciene Chaves Gusmão
Coordenadora Geral da Aplb/Sindicato
Delegacia Sindical do Rio Verruga
Itambé/Ba.
Colaboraram com essa matéria: Manoel Dias e Cíntia Gusmão.
Fotos: Rose Matos e Alecciene Chaves Gusmão.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
De volta ao começo
Aos onze anos de idade o teatro invadiu minha casa, enchendo minha vida de possibilidades e fantasias. A convite de Eva Figueredo, (minha professora de inglês na quinta série, falecida em 2010), ingressei no Grupo de Teatro Astral, um dos grupos mais importantes do teatro amador no interior da Bahia na década de 1980. Este grupo foi minha escola até os vinte anos de idade. Ali organizei e participei de oficinas, festivais de poesia, música, teatro, dança, integrei o elenco de vários espetáculos, viajando pelo interior baiano e movimentando a cena cultural e política da cidade, já que o Astral era o único referencial artístico que ali existia.
Em 1994, o grupo chegava ao fim, o que fez com que cada componente fosse se aventurar em outras profissões, abandonando o fazer teatral. Esse grupo marcou a vida de muitos itambeenses que guardam na memória, recordações de quando o teatro fazia parte de suas vidas. Até hoje a cidade não tem um grupo de teatro com atividades contínuas. Alguns grupos resistem ao descaso do poder público e seguem adiante sem perspectiva de manter a continuidade de seus trabalhos. Então, esporadicamente o itambeense tem o prazer de ver artistas da cidade no palco.
Mobilizados em recuperar essa história, os professores Manoel Dias e Cíntia Gusmão, ex-integrantes do grupo, estão fazendo um levantamento de documentos e digitalizando imagens deste período. Publico aqui algumas fotos e uma lista com nomes de participantes do grupo ao longo de sua história.
P.S. Todas as fotos são de autor desconhecido e foram feitas em 1986 no Salão Paroquial, local onde frequentemente o grupo se apresentava e na cerimônia de inauguração do Estádio Osório Ferraz.
Elisângela Garcia
Vera Freitas
Eva Figueiredo
Ione Borges
Arilson Almeida
Rodney
Denilson
Fabiana
Iêda Teixeira
Vanja Matos
Neuza Flores
Lucinha Borges
Paulo Ferreira (Paulão)
Marcelo Rodrigues
Neilton Rodrigues
Marcelo Paiva Cardoso
Marcão
Manoel Dias
Cíntia Gusmão
Ednilton Oliveira
Celina Oliveira
Cris Melo Gusmão
Zenilton Dias
Marcelo Sousa Brito
Gilsão
Gilberto Borges
Elísio Borges
Antônio Moral
Em 1994, o grupo chegava ao fim, o que fez com que cada componente fosse se aventurar em outras profissões, abandonando o fazer teatral. Esse grupo marcou a vida de muitos itambeenses que guardam na memória, recordações de quando o teatro fazia parte de suas vidas. Até hoje a cidade não tem um grupo de teatro com atividades contínuas. Alguns grupos resistem ao descaso do poder público e seguem adiante sem perspectiva de manter a continuidade de seus trabalhos. Então, esporadicamente o itambeense tem o prazer de ver artistas da cidade no palco.
Mobilizados em recuperar essa história, os professores Manoel Dias e Cíntia Gusmão, ex-integrantes do grupo, estão fazendo um levantamento de documentos e digitalizando imagens deste período. Publico aqui algumas fotos e uma lista com nomes de participantes do grupo ao longo de sua história.
P.S. Todas as fotos são de autor desconhecido e foram feitas em 1986 no Salão Paroquial, local onde frequentemente o grupo se apresentava e na cerimônia de inauguração do Estádio Osório Ferraz.
Elisângela Garcia
Vera Freitas
Eva Figueiredo
Ione Borges
Arilson Almeida
Rodney
Denilson
Fabiana
Iêda Teixeira
Vanja Matos
Neuza Flores
Lucinha Borges
Paulo Ferreira (Paulão)
Marcelo Rodrigues
Neilton Rodrigues
Marcelo Paiva Cardoso
Marcão
Manoel Dias
Cíntia Gusmão
Ednilton Oliveira
Celina Oliveira
Cris Melo Gusmão
Zenilton Dias
Marcelo Sousa Brito
Gilsão
Gilberto Borges
Elísio Borges
Antônio Moral
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Saindo do forno.
Foi finalizado ontem (13.10.2011) o vídeo documentário "As comunidades de São Sebastião". Depois de uma exibição na sala de vídeo da residência paroquial, com o objetivo de resolver alguns ajustes finais, o material foi aprovado por todos. Agora é aguardar as festividades de 2012 em homenagem ao padroeiro, São Sebastião, para toda a comunidade conferir o filme que será exibido na telona durante a programação da festa.
O documentário é uma realização do Grupo Terracult (Territórios da Cultura Popular), Departamento de Geografia (UFBA) e do Mestrado em Geografia (UFBA) com o apoio do CNPq. As filmagens foram realizadas durante as comemorações ao padroeiro em janeiro de 2011, que contou com Manoel Dias, Angelo Serpa e Marcelo Sousa Brito como os responsáveis pela pesquisa, concepção e entrevistas.
O documentário é uma realização do Grupo Terracult (Territórios da Cultura Popular), Departamento de Geografia (UFBA) e do Mestrado em Geografia (UFBA) com o apoio do CNPq. As filmagens foram realizadas durante as comemorações ao padroeiro em janeiro de 2011, que contou com Manoel Dias, Angelo Serpa e Marcelo Sousa Brito como os responsáveis pela pesquisa, concepção e entrevistas.
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terça-feira, 27 de setembro de 2011
Cultura em pauta!
Foi realizada, no dia 23 de setembro de 2011, a II Conferência Municipal de Cultura de Itambé. O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte, no Cine-Teatro da cidade. Aliás, o fato da cultura não ter sua própria secretaria e todas as transações estarem atreladas à Secrataria de Educação, traz várias complicações na organização de eventos culturais na cidade, pois a Coordenação de Cultura não tem autonomia para tomar decisões práticas. Assim, sob o comando geral do representante do Terrítório, Antônio Maciel (representando a Fundação Cultural do Estado da Bahia), a II Conferência de Cultura de Itambé acabou com o seguinte balanço: os artistas e as pessoas envolvidas com a cultura local precisam ser mais independentes e se organizarem para além das ações realizadas pela administração pública. Muitos são os itambeenses que se interessam e desejam contribuir com o desenvolvimento cultural da cidade, mas falta investimento na capacitação e em treinamentos que possibilitem a esses artistas de competirem dignamente com outros artistas baianos e se candidatarem aos Editais oferecidos pela iniciativa pública e privada.
A grande homenageada do encontro foi a atriz e professora Eva Figueredo, falecida ano passado, mas, para mim e para todos que fizeram parte da vida desta artista, a melhor homenagem seria ver o povo de Itambé trabalhando com prazer pelo presente e pelo futuro da arte na cidade.
A grande homenageada do encontro foi a atriz e professora Eva Figueredo, falecida ano passado, mas, para mim e para todos que fizeram parte da vida desta artista, a melhor homenagem seria ver o povo de Itambé trabalhando com prazer pelo presente e pelo futuro da arte na cidade.
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