Diário de bordo

Meus queridos e queridas, este blog foi criado para ser o diário de bordo da pesquisa de campo para meu Mestrado, junto ao Programa de Pós Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia, com o apoio do CNPq. O trabalho intitulado "Pedra Afiada - Um convite para o teatro invadir a cidade" foi orientado pela Prof. Dra. Angela Reis. A pesquisa de campo foi realizada em Itambé, no sudoeste da Bahia, de março a agosto de 2010, onde alimentei este blog com informações e reflexões sobre a pesquisa e a escritura da dissertação. Depois de concluido o Mestrado (março/2011) o blog será utilizado como forma de divulgar e refletir os andamentos da cultura na cidade de Itambé. Esta é uma forma também de discutir a cultura em cidades de pequeno porte do interior da Bahia e do Brasil. Conto com a visita de todos. Ah, uma dica, como este blog funciona como um diário, para os marinheiros de primeira viagem é melhor acompanhá-lo de baixo para cima. Então busquem o primeiro post e boa viagem!!!





quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Um capítulo em onze tópicos

Já iniciei a escrita da dissertação. Agora divido com vocês onze tópicos importantes, identificados como estrutura base do primeiro capítulo. Estes tópicos servem como roteiro que resume todo o processo metodológico da pesquisa: atuação, reflexão e conclusão. Agora é partir para a escrita dos próximos capítulos.







1- Em tupi guarani, Itambé significa pedra afiada. Para muitos dos seus moradores o nome em tupi é uma metáfora que simboliza a força de seu povo.

2- Aqui trataremos de como a arte pode sobreviver por ela mesma, como uma cidade que não tem acesso diversificado à cultura, que é de direito, pode reinventar a cena cultural local.

3- Analisar o fenômeno que surge do encontro entre um morador e um lugar escolhido por ele, a partir da fenomenologia da percepção, foi o suporte para o desenvolvimento desta pesquisa.

4- Estimular os moradores desta cidade a ocupar os espaços públicos através de ações cênicas, encorajando-os a acessá-los física e simbolicamente.

5- A valorização do acaso sempre esteve presente durante todas as etapas da pesquisa

6- A cidade precisa reconhecer a sua história e ela está ali, embrenhada em cada rua, cada praça, cada canto escondido. Está no olhar, nas marcas do rosto, na poeira que cobre os muros, nos muros e portas, nas passagens, nos caminhos que nos levam para o interior profundo que podemos sentir quando estamos livres e abertos para o desconhecido.

7- Alguns entrevistados escolheram lugares afastados da zona urbana, lugares que privilegiam a beleza natural da cidade.

8- Como este trabalho, em alguns momentos, se baseia na tradição oral de contar uma história, é a visão do morador que nos interessa, como ele conta estes fatos importantes da cidade.

9- Neste caso, em que a história recente ainda não foi contada nos livros e que poucos estudos foram dedicados a este assunto, foi fundamental ouvir as versões dos moradores sobre a história de formação da cidade como uma maneira também de compreender quem é o itambeense de hoje, levando-se em conta os povos que formaram esta cidade.

10- Em suas manifestações culturais, a cidade precisa pensar esta hibridação como algo positivo na manutenção de tradições que vêm se perdendo.

11- Ao analisar as fichas de identificação dos entrevistados confirmo que a cidade dispõe de vários lugares de sociabilidade, mas, que não são ocupados/utilizados pelos moradores. Alguns entrevistados tiveram dificuldade em escolher um lugar especial, que lhes despertassem algum sentimento, onde realizaríamos a entrevista. O lugar mais escolhido foi a praça São Sebastião onde se localiza a igreja matriz.

4 comentários:

  1. Marcelo, querido boa sorte para esta nova etapa! A escrita é um exercício tão solitário, embora eu tenha a certeza que sua mente será povoada constantemente pelo imaginário de Itambé!

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  2. Olha vc aqui Huguito...Tinha desaparecido...Saudades!

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