Acabo de chegar de Itambé! Passei o Natal com meus queridos amigos na casa de Manoel...Comida e companhia das melhores...Aproveitei os dias que passei por lá, para reencontrar pessoas, conversar, fotografar e trocar informações...Entre estes encontros, entrevistei Cristiano Melo Gusmão, artista de mão cheia que tanto contribui com a cultura da cidade..Cris além de encabeçar o elenco da ação "A cidade sou eu", criou a instalação cenográfica para a apresentação, dando um charme a mais ao Casarão Vila Diolinda, sem contar o apoio moral e as dicas que ele sempre me dava quando eu me encontrava em perigo, ou perdido, rssrrsrs...Cris é um amigo de infância e participamos juntos do Grupo de Teatro Astral. Obrigado, Cris, a você e sua familia. Para ilustrar as reflexões deste artista, posto aqui cinco fotos de um ensaio feito na entrada do casarão em uma de nossas tardes de ócio criativo.
"Para mim foi uma novidade. Quando você propõe essa visão diferenciada trazendo uma nova forma de teatro, saindo do palco, ou indo para rua não daquela forma mambembe de se ver, mas algo que inquieta as pessoas. Para mim, que tenho uma preocupação com o visual ela se torna ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil porque eu não preciso me preocupar com o cenário, ter que montar, ter que fazer. O espaço é o cenário. A questão visual é o que vai inquietar as pessoas, o que as pessoas vão ver e o que vai fazer as estas pessoas indagarem: o que é isso que está acontecendo? qual a mensagem? porquê? que situação é essa?
A primeira vez que eu li um texto eu fui problematizando e solucionando de acordo o pensamento de cada um deles. Como eu conheço muita gente aqui, a cada texto lido eu ia identificando a pessoa entrevistada, que deu origem àquele texto. Por entender as pessoas, por ouvir as pessoas, por saber a visão que elas têm a respeito de cultura, de educação, de política, me facilitava o entendimento. Saber o que as pessoas pensam, o que elas querem, que mudança elas querem provocar na sociedade é muito importante. O que me intrigou em todos os textos é que muitas pessoas apontavam problemas mas não apontavam soluções para resolver esses problemas. Foram poucos os textos que apontavam soluções para os problemas culturais, sociais, políticos e até religiosos, que a gente sabe que tem, como o preconceito, por exemplo. As religiões às vezes proíbem o desenvolvimento cultural como se fosse algo maléfico para seus fiéis. Um adolescente evangélico, por exemplo, não pode cantar, ou dançar, ou fazer teatro na escola. Isso dificulta este desenvolvimento. Falar de cultura é falar do seu povo e isto independe de religiões ou posicionamento político.
Essa casa faz parte de minha infância. Mesmo com textos dizendo coisas diferenciadas, a cada momento que eu olhava para algum canto da casa era uma parte de minha infância que vinha comigo, e eu enxergava a visão que as pessoas têm da cidade e ao mesmo tempo preso a um lugar que me trazia essas coisas boas da minha infância, da minha adolescência. A casa é um marco na cidade, faz parte da história e da cultura. Este casarão foi construído a mando de Rogério Gusmão, um dos prefeitos da cidade O nome Villa Diolinda, foi dado em homenagem a sua mulher. Segundo meu pai, que viveu nessa casa, originalmente o casarão era bem diferente, a estrutura continua a mesma, mas as pinturas eram diferentes com arabescos e pinturas, desenhos de vasos com flores no interior da casa. As tonalidades iam do amarelo ouro aos tons de azul turquesa e branco. Depois o casarão foi passado para outros donos que fizeram modificações. Quando eu comecei a participar da vida social dessa casa os proprietários eram Francisco Xavier (conhecido por Chico do ovo) e Lourdes Xavier, sua esposa. A propriedade ainda pertence à família e está sob os cuidados de Zoraide filha do casal". (Cristiano Melo Gusmão - Artista de multiplas funções).
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
Ela tem o poder!
Cintiana, é assim que a tratamos carinhosamente. Esta guerreira que acaba de ser avó, está em nossas vidas há muito tempo. Ela começou no esporte, se envolveu com a dança, com o teatro onde nos encontramos através do grupo Astral, voltou-se para a Educação Física e hoje além de dar aulas ela se ocupa com unhas e dentes, para dar dignidade aos portadores de necessidades especiais em Itambé através da APAE, instuição que ela coordena na cidade...Cíntia participou ativamente do meu processo de pesquisa além de atuar na ação "A cidade sou eu"...Publico aqui, suas impressões sobre o processo...
"O texto que apresentamos foi de suma importância para mim
pois retrata a vida da nossa cidade que é ou desconhecida ou escondida. Muitas informações não me surpreenderam pois conheço a realidade da cidade, sei que vivemos em torno de uma politicagem onde só é privilegiado uma minoria. Vivemos uma verdadeira ditadura. Foi pouco tempo no processo, mas foram dias super válidos. Viajei! Muitas recordações, um filme passou pela minha cabeça. Uma idéia extraordinária essa, você pensou em tudo, nos fez sentir no palco novamente com sua visão inovadora sobre o Teatro.
ADOREI!!!!
Que tal fazermos novamente?" (Cíntia Gusmão).
"O texto que apresentamos foi de suma importância para mim
pois retrata a vida da nossa cidade que é ou desconhecida ou escondida. Muitas informações não me surpreenderam pois conheço a realidade da cidade, sei que vivemos em torno de uma politicagem onde só é privilegiado uma minoria. Vivemos uma verdadeira ditadura. Foi pouco tempo no processo, mas foram dias super válidos. Viajei! Muitas recordações, um filme passou pela minha cabeça. Uma idéia extraordinária essa, você pensou em tudo, nos fez sentir no palco novamente com sua visão inovadora sobre o Teatro.
ADOREI!!!!
Que tal fazermos novamente?" (Cíntia Gusmão).
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